Fim do IVA Zero, subida de preços: valores do cabaz alimentar confirmam aumentos
Durante cerca de nove meses, em 2023, os portugueses puderam comprar uma série de produtos essenciais beneficiando da isenção de IVA. Logo no início de 2024, no entanto, esta medida acabou, e o aumento dos preços tem-se feito sentir na carteira.
O IVA Zero foi uma medida do governo com o objetivo de combater o aumento dos preços causado pela guerra na Ucrânia, dando algum alívio às famílias. O regresso do IVA normal fez com que o preço do cabaz alimentar – um conjunto de 41 produtos essenciais monitorizado pela DECO – voltasse a subir.
Na semana que terminou a 21 de fevereiro, o preço do cabaz alimentar estava nos 145,48 euros – mais 3,51 euros do que a 4 de janeiro, o último dia do IVA Zero. A 22 de fevereiro de 2023, o preço deste cabaz era de 138,47 euros, ou seja, passado um ano o custo do cabaz é cerca de 7 euros superior.
O aumento do custo das matérias-primas e da energia são fatores que explicam em parte a subida dos preços, além do fim do IVA Zero. Sejam quais forem as causas, certo é que os rendimentos dos trabalhadores não estão a conseguir acompanhar estes aumentos. Há estudos que mostram que a alimentação é uma das áreas onde os portugueses estão dispostos a cortar. Mas ao cortar na alimentação há também o risco de surgirem problemas de má nutrição, com impacto na saúde e na qualidade de vida.
Neste cenário, cada euro que os trabalhadores possam poupar é importante. Daí que o pagamento do subsídio de refeição em cartão seja uma solução benéfica: o valor isento de IRS é mais alto quando se recorre a um cartão-refeição. Em 2023, para um salário-base de 1200 euros, a vantagem podia chegar aos 208 euros. Esta é uma forma simples de as empresas melhorarem o rendimento dos seus trabalhadores, sendo que a própria empresa também tem benefícios fiscais.