Subsídio de refeição: um efeito dominó que beneficia todos
O subsídio de refeição tem impactos positivos na vida dos trabalhadores e das famílias que se estendem à sociedade em geral.
As vantagens imediatas de dar aos trabalhadores um rendimento específico para a alimentação são claras: melhor nutrição, mais satisfação com o trabalho, menos absentismo. Estas são vantagens que beneficiam também os empregadores, com aumentos da produtividade e maior paz social, já que o subsídio de refeição é um dos benefícios mais valorizados pelos trabalhadores.
O subsídio de refeição, ao criar um fundo garantido destinado à alimentação, acaba por libertar mais rendimento para áreas fundamentais na vida das famílias, como a saúde, a educação e o lazer.
Mas o alcance deste impacto vai muito mais longe. De acordo com vários estudos (mais recentemente, o do economista Jorge Bravo – Impacto Económico, Social e Orçamental da Titularização do Subsídio de Refeição em Portugal), o pagamento do subsídio, sobretudo quando é feito em cartão, e não em dinheiro, tem um efeito dominó na economia e na sociedade. Em termos sociais, o destaque vai para a criação de novos empregos (sobretudo na área das lojas de retalho alimentar e de restauração), redução do desemprego e melhoria geral da qualidade de vida das populações.
Um efeito também importante é a redução das desigualdades sociais. O subsídio de refeição é igual para todos os trabalhadores dentro da mesma empresa. Por isso, acaba por ser especialmente benéfico para quem tem salários mais baixos. Em Portugal, o subsídio de refeição representa 21,6% do salário líquido mensal de um trabalhador que receba a retribuição mínima mensal garantida (870 euros por mês) e receba o subsídio em cartão. Se o trabalhador tiver um salário bruto de 2000 euros, o subsídio de refeição já só tem um peso de 12.3%. O sistema não permite a distinção entre trabalhadores, criando mesmo uma discriminação positiva dos trabalhadores que ganham menos e contribuindo para uma redistribuição mais justa do rendimento.
